Algumas empresas têm utilizado o medo em torno dos vazamentos de dados de maneira alarmista para promover seus serviços.

Recentemente, a Serasa, instituição de renome e confiabilidade, equivocou-se e lançou uma campanha destacando a descoberta de dados de consumidores na dark web, gerando preocupação e alarde entre o público.

Essa abordagem tem sido criticada por criar uma sensação de urgência excessiva na publicidade de serviços de monitoramento e proteção de dados, ademais o Código de Defesa do Consumidor proíbe tais iniciativas, consideradas abusivas, na forma do artigo 37, p. 2o do CDC.

Nossos dados ao longo do tempo foram espalhados na internet em proporções quase irreversíveis.

Implantar a LGPD e promover boas práticas em proteção de dados, visa adequar o tratamento de dados pessoais daqui para frente, corrigir excessos na medida do jurídica e tecnicamente viável e desenvolver um ambiente seguro em relação aos dados pessoais, em especial no âmbito virtual e ainda em tempos de avanços tecnológicos como a IA (Inteligência Artificial) que agrega uma nova camada de possíveis riscos à proteção de nossos dados.

O mote do compliance à LGPD não é o pânico e sim, a atitude responsável, comprometida com a ética e segurança, aliás, assim é com todos os projetos que envolvem adequações legais e aprimoramento de processos, o que se busca é o aperfeiçoamento constante das atividades, com vistas à segurança jurídica que favorece tanto às organizações, como clientes, parceiros e todo o mercado.